domingo, junho 16, 2013

Resenha: O pequeno príncipe

Considerado por muito tempo o livro de cabeceira de todas as concorrentes ao título de Miss Mundo, Miss Universo, Miss Brasil, Miss Água e Sal, Miss Botijão de Gás e tudo quanto é competição de Miss, "O Pequeno Príncipe" só não era mais citado do que a famosa resposta para a pergunta: "Na sua opinião, o que tornaria o mundo um lugar melhor?" (se você não sabe eu deixei uma colinha no final do post). A obra, porém, é muito mais do que uma resposta de praxe para os concursos de beleza. É uma obra que possui algumas das melhores reflexões sobre a vida e que só podem ser completamente entendidas, se você entender a mensagem final e passar a aplicá-la em sua forma de agir. O livro sofre um pouco de preconceito, pois é considerado por muitos como uma obra infantil, que apenas crianças podem lê-lo, mas estão enganados, já que essa talvez tenha sido a ideia do autor ao escrever a obra: Você não precisa ser uma criança para ler o livro, apenas precisa deixar de agir como um adulto o tempo todo, e tentar enxergar o mundo com menos preocupação e mais pureza. O autor transmite essa mensagem em várias passagens durante a estória como, por exemplo, o piloto que quando criança queria seguir a carreira de desenhista, mas desiste quando todas as pessoas acreditam que seu desenho de uma jiboia digerindo um elefante se trata, na opinião deles, de um chapéu. E mais tarde, quando ele encontra o principezinho no deserto ele descobre que o garoto é capaz de perceber que aquilo que todos tratavam como a ilustração de um chapéu é, na verdade, uma jiboia digerindo um elefante. Somente uma criança não se deixa limitar por traços e formas. Uma criança é capaz de enxergar além disso. É capaz de criar um mundo com apenas uma folha de papel ou um lençol. O principezinho não é nada mais que a personificação da infância do próprio piloto, que se perdeu quando ele teve que se adequar ao mundo dos adultos, e que agora volta para mostrar a ele que manter um pouco de inocência e pureza não é uma coisa ruim. O garotinho também pode ser tratado como uma representação da nossa própria infância: ele faz amizades facilmente com vários personagens durante sua viagem, assim como nós quando éramos crianças. Quando somos crianças e encontramos alguém da mesma idade, por mais que não a conheçamos, dez segundos mais tarde já estamos brincando com ela como se fossemos amigos de longa data. E quando crescemos, temos certa relutância em interagir com as pessoas, ou por buscarmos diferenças que não existem, ou por que não achamos adequado seu jeito de comer, de se vestir, de falar, etc. . Uma verdadeira crítica ao modo de como começamos a agir quando adentramos na idade adulta. Por vezes, o principezinho incomoda as pessoas com suas perguntas simples, porém donas de grande inteligência. Sua vontade de querer saber o porquê alguém faz determinada coisa, mostra a curiosidade de toda criança em buscar o conhecimento de uma forma que seja fácil de entender, e a dificuldade que os personagens encontram em responder perguntas tão simples, mostra o quanto, às vezes, fazemos coisas apenas por que outras pessoas fazem, falamos coisas somente por que alguém disse, sem saber o real motivo daquilo, tudo cai na rotina e não nos preocupamos em saber por que tal coisa é feita assim. Os adultos são criaturas difíceis, como diria o garotinho. O livro também é dono de citações memoráveis. Quem nunca ouviu ou disse alguma vez frases como: "Você é responsável por aquilo que cativas." ou "O essencial é invisível aos olhos."? Citações belíssimas, que guardam uma sabedoria imensa. A mensagem que "O Pequeno Príncipe" quer transmitir é que nunca devemos abandonar ou deixar morrer a criança que existe em nós, pois ser um adulto, que só pensa como adulto, age como adulto durante todo tempo é uma coisa chata e que nós limita dentro do nosso próprio mundo. Algumas vezes devemos deixar aquela criança sair e comandar, um pouco, nossas atitudes, nosso modo de ver as coisas, nosso modo de pensar, do modo que só uma criança consegue. E para que possamos ser capazes de ver essa mensagem que está presente em todas as entrelinhas, temos que deixar que o pequeno príncipe, que existe dentro de cada um de nós, saia e nos acompanhe durante a leitura.                                      A resposta é "A paz mundial"                          

Resenha: Um dia

O livro conta a história de Emma Morley e Dexter Mayhew. Eles se conhecem na festa de formatura da faculdade e, depois de muita bebedeira, eles vão para casa juntos. Após passarem a noite juntos (só dormiram viu?!), eles combinam de fazer algo interessante no dia posterior, o dia 15 de julho de 1988. Dia de São Swithin. Após esse dia, um não consegue deixar de pensar no outro. Mas cada um quer seguir um caminho. Dexter quer viajar pelo mundo, ampliar seus horizontes e Em, vai fazer teatro e depois de vários projetos e escolhas ruins, ela desistiu. Durante esse tempo, eles se comunicam por “cartas” (ela escrevia cartas enormes e ele respondia com cartões postais vagos), até que se encontram novamente no dia 15 de julho de 1989. Enquanto o tempo passa, Em fica hospedada na casa dos pais de Dex, encontram-se em aniversários de amigos, mas nunca tiveram mais que uma amizade. A vida segue. O tempo passa. Dexter e Emma seguem caminhos diferentes, tem experiências diferentes, mas nem com todo o tempo que passa, eles conseguem esquecer aquela noite. O livro mostra a vida de Dex e Em durante 20 anos, ano após ano mostrando seus piores e melhores momentos, todos no dia 15 de julho. Mostra o verdadeiro significado desse dia, em meio a muitas lágrimas, discussões, gargalhadas, escolhas, oportunidades. Bom, o que posso dizer desse livro... Ele é lindo, envolvente, emocionante, intrigante, e muitas vezes engraçado (quem ler vai saber o porquê, os dois são muito malucos, kkkk). Você lê imaginando a todo momento quando e como será o próximo encontro de Emma e Dexter, o que acontecerá nesse encontro... Os cenários são encantadores... Paris, Londres... O livro traz uma coisa com a qual podemos nos questionar: o que estaremos fazendo daqui a 20 anos? Onde estaremos? Com quem, como? As perguntas são muitas... Será que nossas amizades atuais continuarão as mesmas daqui a alguns anos? Será que seremos o que planejamos? Eu não vou contar o final... Nem posso revelar muitas coisas que acontecem no livro, caso contrário ficará sem graça para quem for ler... O que posso dizer é que o autor consegue descrever todos os momentos tristes ou felizes da maneira mais cativante que se pode imaginar... “Um Dia” é um livro para rir e chorar... Vocês não podem deixar de ler.